For who speaks English, please see this link: http://arc-team-open-research.blogspot.com.br/2013/03/the-faces-of-evolution-exhibition-of.html
Per coloro che parlano italiano, è possibile visitare questo link: http://www.antrocom.org/2013/03/16/i-volti-dellevoluzione-come-erano-i-nostri-antenati-ominidi/
Do dia 18 de maio a 30 de julho de 2013 acontecerá em Curitiba a Exposição Faces da Evolução.
Estarei presente ao eventos nos dias 18 e 19 de maio, não apenas para prestigiá-lo mas para sanar as dúvidas e curiosidades dos visitantes em relação as reconstruções faciais forenses.
Também ministrarei palestras e minicursos em eventos paralelos.
No total serão apresentadas nove reconstrução, como pode ser visto acima. Junto a um painel descritivo com as técnicas utilizadas, estarão as réplicas de cada um dos crânios.
Espero que você compareça, se pude é claro, e prestigie esse acontecimento importante não apenas para a arqueologia e antropologia, mas para a arte livre no Brasil.
Um pouco de história
Todo esse trabalho começou a ser traçado em conjunto com a equipe italiana Arc-Team, quando reconstruímos a face do Alberto de Trento.
Na ocasião a equipe apresentou um trabalho no evento Giovani Antropologi onde descreviam a técnica de reconstrução com o uso exclusivo de software livre: Metodo sperimentale per la ricostruzione facciale in ambiente “Open“.
Creio que essa tenha sido a primeira apresentação formal do gênero (com software livre).
Na sequência, iniciamos o Projeto Taung. Se antes havíamos reconstruído um humano moderno, dessa vez o faríamos com um hominídeo mais remoto, nesse caso a criança de Taung.
Além do grupo Arc-Team, uniu-se ao projeto o Dr. Moreno Tiziani (Antrocom) e o Dr. Nicola Carrara (Universidade de Pádua).
Em pouco tempo conseguimos escanear o crânio e reconstruir a face (a primeira que aparece no cartaz prévio lá em cima).
Recebemos um feedback bastante positivo, não apenas de personalidades conhecidas da arte forense, mas também da computação gráfica, como por exemplo o criador do Blender, Ton Roosendaal.
Dentre os vários veículos de comunicação, há de se destacar uma nota sobre o projeto que apareceu no Jornal de Brasília.
Depois do sucesso do Projeto Taung, entrei em contato com o Prof. Dr. Moacir Elias Santos do Museu Arqueológico de Ponta Grossa-PR e a Profa. Esp. Vivian Tedardi do Museu Egípcio e Rosacruz e iniciamos dentre outros, um projeto de reconstrução de hominídeos que culminou na exposição Faces da Evolução.
A primeira reconstrução foi a de um Australopithecus afarensis. Para que ficasse o mais preciso cientificamente falando, foi usada a tomografia de um chimpanzé deformada até que se adequasse ao shape (forma) do crânio do A. farensis.
Na sequência foi a vez do Homo erectus pekinensis. Dessa vez, ao invés de usar a tomografia de um chimpanzé como referência foi utilizada a de um homem moderno e deformada até que se adequasse ao shape do H. e. pekinensis.
A reconstrução do homem de Cro-Magnon não teve nada de novo, mas de curioso. Como se trata de um Homo sapiens e viveu na Europa, foi a única das reconstruções da exposição na qual os marcadores de profundidade de tecido foram utilizados.
Aproveitando as últimas novidades das ferramentas de geração de imagem (renderizadores) reconstruímos o Turkana boy, classificado ao mesmo tempo como Homo erectus e Homo ergaster.
O Homo heidelbergensis foi modelado no sculpt mode do Blender, ou seja, ele foi esculpido. Essa foi a primeira vez que a técnica foi utilizada do início ao fim em uma reconstrução feita por mim.
Aproveitando a onda do sculpt mode, a modelagem do Homo neanderthalensis seguiu a mesma linha da anterior, mas dessa vez o processo inteiro foi capturado e editado em um vídeo contendo todos os passos da produção.
Para modelar o Homo habilis fora necessário reconstruir parte considerável do seu crânio utilizando como base a tomografia de um chimpanzé devidamente deformada para se adequar as linhas do H. habilis.
Por último mas não menos importante se destaca o Homo floresiensis, conhecido também como o “hobbit” da ilha de Flores. Ao contrário dos outros, o crânio não fora escaneado por fotos ou reconstruído apartir da deformação de outros. Ele fora esculpido usando como referência um processo que se assemelhou a uma “tomografia manual” partindo de várias imagem do crânio em 2D.
Essa foi uma breve descrição da exposição e de sua história. Agora é esperar a data do evento chegar, sem deixar de ir atrás de outros fósseis para que sejam reconstruídos.
Um grande abraço!
UPDATE
Fiquei extremamente feliz ao ver que o Ton Roosendal, criador do Blender tweetou acerca da axibição no perfil dele.
Faces da Evolução também foi destaque no Blendernation, o mais importante site de notícias sobre o Blender.